Comemoração Regional do dia de S. Nuno de Santa Maria

 


A FNA, Região de Braga, reuniu-se no passado dia 12 de Novembro para comemorar o dia do Patrono, S. Nuno de Santa Maria. As comemorações Regionais realizaram-se este ano em Vermil, Guimarães, com o apoio do Núcleo local, por ocasião da comemoração do 25.º aniversário da fundação do Núcleo.

 

Após a receção aos Núcleos e aos convidados realizou-se um desfile encabeçado pela fanfarra do CNE Agrupamento 455 de Vermil, com a presença do andor de S. Nuno a ser transportado na belíssima e emblemática carrinha do Sr. António Oliveira. Chegados à igreja, iniciou-se um momento de reflexão e de enriquecimento pessoal intitulado “Escuta Saber”. Este momento, considerado de interesse, subordinado ao tema “JMJ – Partilha de Experiências”, em jeito de avaliação do ponto de vista individual e comunitário, contou com o testemunho do nosso assistente regional, Rev. Padre Paulo Pereira e da Ana Novais, que além de ser uma dirigente do CNE, está na coordenação Arciprestal da Pastoral Juvenil de Vila Nova de Famalicão, e tendo integrado o COA (Comitê Organizador Arciprestal) de Famalicão, que coordenou as pré-jornadas e as Jornadas em Lisboa. A apresentação e a coordenação deste momento, esteve a cargo do associado do Núcleo de Urgezes, Carlos Alberto Cunha.

 

O Padre Paulo Pereira começou por partilhar a sua experiência como um todo, como pároco, mas também como verdadeiro peregrino, transmitindo a importância dos dias (meses) que antecederam as jornadas, olhando para estes como um tempo de interiorização essencial, para chamar as comunidades e promover o seu envolvimento, mesmo com todos os medos e receios inerentes ao facto de receber pessoas desconhecidas nas nossas comunidades e nos nossos lares. Medos que, referiu, desvaneceram-se com a chegada dos peregrinos às comunidades que os acolheram, tornando a experiência cada vez mais intensa e mais marcante. Falando já das jornadas, em Lisboa, o Pe. Paulo referiu que ao viver estes dias em Lisboa percebeu-se a importância do caminho trilhado até lá, acreditando ele, que preparou todos para uma partilha natural que aconteceu por aqueles dias. Outro dos aspetos referidos foi a fé destes jovens que nos visitaram, mostrando-nos que a fé não se fecha apenas nas nossas paróquias e nas nossas comunidades, e que estes jovens que nos visitaram, mostraram-nos que nem a barreira linguística se tornou um problema. Por fim falou na confissão que teve a oportunidade de vivenciar por aqueles dias, como sendo algo que o marcou, afirmando que sentiu que os jovens, por vezes, têm uma fé muito superior aquela que imaginamos, ou à fé que nós próprios sentimos.

 

A Ana Novais, trouxe-nos também a sua experiência com as jornadas começando por dizer que esta foi acima de tudo uma experiência de fé, e que o que caracterizou esta caminhada foi a união, a união dos jovens, das pessoas e das comunidades. Referiu que as diferentes nacionalidades que acabaram por ficar nas nossas comunidades, trouxeram-nos uma perceção diferente de vivência da fé, em que todos, apesar da língua, tínhamos o objetivo de viver o mesmo, as Jornadas Mundiais da Juventude. A certa altura a partilha da Ana Novais tornou-se muito mais que isso, ao desabafar com todos os presentes que na véspera das jornadas viu o seu pai partir para junto de Deus, algo que a fez desistir de ir a Lisboa viver estas (como é que alguém que tanto deu de si a estas jornadas, acabava de perceber que não iria viver essa experiência?) Acabou por fazê-lo, sem nada partilhar com o seu grupo, mas fazendo-se ao caminho, descrevendo que esta atitude de coragem foi algo que tinha de acontecer. Continuou afirmando que houveram contrariedades evidentes no caminho dos participantes, mas que mesmo quando as coisas pareciam não correr como o idealizado, a felicidade no sorriso, e a alegria constante dos jovens, contagiava todos, fazendo esquecer tudo aquilo que acabava por nem ser assim tão importante, e terminou afirmando que o importante é que a semente lançada nas jornadas, seja alimentada e que não se deixe secar, sob pena de no futuro olharmos para trás e ficarmos com a impressão de que as JMJ de nada valeram.

 

Por fim, em jeito de conclusão, o Carlos Alberto, de uma forma muito sucinta, começou por referir que os COP (Comité Organizador Paroquial), foram para as paróquias, a prova do que deve ser viver em comunidade, referindo que esta capacidade de agregar membros de vários movimentos em torno de um propósito comum, deve ser a chave para o futuro, onde devemos sempre tentar deixar de lado o que de mal se passa nas nossas comunidades e dar o melhor que temos, contribuindo assim, para que cada comunidade seja mais Igreja. Para finalizar deixou, em jeito de desafio, uma pergunta que cada um de nós devia fazer num momento de profunda reflexão: “Senhor, o que precisas de mim e em que posso ser útil?”

 

Seguiu-se a Eucaristia solene, presidida pelo nosso Assistente Regional Rev. Padre Paulo Pereira e animada pelo coro da FNA de Vermil, na qual estiveram presentes para além da Direção Regional e dos quase 50 Núcleos da Região de Braga, o Eng.º Jorge Pereira, em representação da Câmara Municipal de Guimarães, o Sr. Tiago Silva, Presidente da União de Freguesias de Airão Santa Maria, Airão São João e Vermil, o Presidente da Direção Nacional da FNA, Domingos Leal do Paço, o Presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional, Artur Xavier Forte, a Chefe da Junta Regional do CNE de Braga, Chefe Catarina Miranda, o Chefe Adjunto da Junta de Núcleo do CNE de Guimarães, Chefe Sérgio lemos, o Chefe do Agrupamento 455 de Vermil, João Miguel Fernandes, o Presidente Mesa do Conselho Regional, Jorge Fernandes, a Vice-Presidente do Conselho Fiscal Regional, Luísa Marlene e demais membros dos Órgãos e Departamentos Nacionais e Regionais.

 

Terminada a eucaristia, realizou-se uma pequena sessão protocolar, onde se ouviram agradecimentos por parte do Núcleo de Vermil, bem como por parte do Presidente Regional, Fernando Pereira, que no uso da palavra desafiou os presentes a seguir o exemplo de São Nuno de Santa Maria, apelando sobretudo ao serviço e à humildade. Terminou com palavras de apreço e de parabéns, ao Núcleo de Vermil, pelos seus 25 anos, ao Serviço da comunidade.

Destacamos ainda as palavras da Chefe da Junta Regional do CNE de Braga, Chefe Catarina Miranda, que enalteceu o papel da FNA nas comunidades e no escutismo, agradecendo o trabalho desenvolvido e a colaboração com o CNE, dando como exemplo o dia da missa de envio, realizada em Braga na véspera das Jornadas Mundiais da Juventude e que encerrou os dias das jornadas nas comunidades.

 No final houve ainda tempo para um pequeno convívio e a oportunidade de todos em conjunto ecoarem o cantar dos parabéns ao Núcleo de Vermil.

Na pessoa do João Morais, Presidente do Núcleo de Vermil, deixamos uma palavra de apreço pelo apoio neste importante dia para a FNA no geral e para a Região de Braga em particular.














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